quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

06 de dezembro de 2009


O dia começou cedo hoje. Marcamos passeio ao gêiser e este sai as 4:00 da manhã. Às 3:30 o despertador tocou e nos preparamos. Bermudas, botinas e uma jaqueta mais grossa, pra que se esfriasse um pouco não nos pegasse desprevenido. Ao sairmos do quarto já fomos alertados pelo pessoal do albergue, e que também fariam o passeio que iríamos passar frio e nos sugeriram colocar mais roupas. Muito contrariados, colocamos calças e ficamos prontos para o passeio.
Após cerca de 1h de viagem por estrada de rípio chegamos ao campo geotérmico. Lá descemos e gurizada... Frio de renquiar cusco... Fazia -7ºC com um minuano batendo... Credo... Resumindo, por uma hora passamos muito frio, nosso lábios ficaram rochos e nossas mãos adormecidas. Mas o lugar é muito legal. Geiser é uma nascente termal que entra em erupção periodicamente, lançando uma coluna de água quente e vapor para o ar, são comunicações que a água subterrânea aquecida necessitam fazer para ser despressurizada.
Ali tiramos algumas fotos e após um desayuno oferecido pela empresa seguimos o passeio. O passeio incluía passagem, e se gosto banho em termas, e visitação a uma aldeia de índios matchuca.
Passando pelas termas não tivemos vontade de entrar, pois estava ainda muito frio e como fomos num fim-de-semana havia muitas pessoas, parecia mesmo o pscinão de ramos.
Depois de cerca de 45 min seguimos adiante rumo a aldeia. Lá residem os últimos descentes dessa tribo, cerca de 17, que sobrevivem, e pelo que percebi muito bem, as custas do turismo. Tinha para quem quisesse degustar, espetinho com carne de lhama, mas o dia para nós não estava produtivo, e a essas horas, o Mateus e o Veiga cochilavam na van. Eu achei a aldeia bem legal e ao olhar ao redor avistei a uns 300m o cemitério da aldeia. Peguei a máquina fotográfica e fui naquela direção. No cemitério tirei algumas fotos, observei por alguns momentos e segui minha caminhada. O cemitério ficava no alto de um cerro, e ao cruzar percebi um rebanho de lhama. Com um novo objetivo, me dirigi para lá para tirar mais algumas fotos. Enquanto tirava fotos notei que alguns matchucas numa mangueira de pedra, trabalhando com algum animal e com curiosidade fui lá também. Era um casal, ordenhando cabras. A senhora com roupas típicas e uma foto se fez necessária. Pedi autorização para ela, mas a senhora me cobrou 100 pesos chilenos e para o meu azar, tinha esquecido a carteira na van. Não pude tirar a foto, mas guardo em minha memória aquela cena muito bonita do cotidiano daquele povo.
Nos arredores fiz outras fotos, algumas bem legais da paisagem e segui pela estrada.
Após alguns minutos a van veio ao um encontro e embarguei.
Iríamos dalí para cidade, mas nosso guia, vendo que o clima estava ótimo e que havíamos um tempo de sobra, ofereceu um plus ao nosso passeio. Ofereceu-nos uma visitação a floresta de cactus. Depois de alguns minutos de viagem paramos e ele convidou para nós irmos conhecer a floresta. Seria uma caminhada de 800m e segundo ele chegaríamos a um lugar perfeito para tirar fotos. Eu, já motivado pelas paisagens que vera não me contive. O Mateus e o Veiga resolveram ficar. Era mais ou menos 11:00h da manhã e o sol do atacama já mostrava seu poder. Fazia ali uns 30ºC e um tempo seco que deixava os pouco motivados com receio de fazer o passeio. Após cerca de 15mim de caminhada chegamos ao lugar. Realmente muito bonito. No vale de dois cerros corre um rio e em suas encostas grandes cactos, que segundo o guia, para atingirem aquele tamanho teriam 250 a 300 anos. Seguimos o rio por mais alguns metros e encontramos uma cachoeira, de mais ou menos 5 metros de altura.
Ali o lugar perfeito para tirar muitas fotos. Ficamos lá por 20 min e retornamos lentamente para a van. Chegando lá, os que ficaram reclamavam do calor e da falta do que fazer, enquanto os que foram agradeciam o passeio.
Ultima escala realizada, voltamos para San Pedro do Atacama e chegamos lá as 14:00h. Estamos em exaustão física e mental. Tomamos um bom banho, lanchamos e dormimos o resto do dia.
Abraços

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

05 de dezembro 2009


5 de dezembro.

Acordamos por volta das 10h. Tínhamos muito tempo para caminhar pela cidade, pois nosso passeio era somente as 16h. Foi o que fizemos. Entramos em quase todas as lojas de artesanais que haviam. Fizemos algumas compras, sentamos a sombra, na praça da cidade e retornamos ao albergue para aguardar.

As 16h fomos a agencia, onde partimos em um micro-ônibus para a Laguna Cejas. A estrada realmente não era muito boa, tinha muitas costeletas e partes com areia fofa.

A laguna não é muito grande. Ela fica no meio do Salar e também possui água muito azul. É impossível afundar, pois possui mais de 80% de sal em sua água.

Ficamos cerca de 30 minutos e nos dirigimos a uma outra lagoa de água um pouco menos salgada, para tirar um pouco do sal que cobria nosso corpo. Eram 2 poços, que para entrarmos na água era necessário nos atirar de uns 3 metros de altura. Nadamos um pouco nessa água gelada e partimos para a última lagoa.

Nessa a profundidade era de no máximo 40cm, rodeada por sal muito branco, onde tiramos as fotos mais bonitas do dia.

Cansados retornamos por volta das 22h na cidade. Só deu tempo de comermos em um restaurante ao lado do albergue e irmos dormir, pois nosso dia seguinte começaria muito cedo.


4 de dezembro.

Acordamos na favelada Antofagasta com a certeza de que nunca mais passaremos perto dela.

A uns 20Km da cidade avistamos a única imagem interessante dela, La Portada, um monumento natural, esculpido pelo vento e pela água. Paramos para tirar breves fotos e seguimos adiante.

A viagem de 310km não teve muitas novidades, pois a imagem do deserto era a mesma.

Avistamos muitas Oficinas Salitreras, onde se faziam e fazem secagem de salitre.



Chegamos em San Pedro de Atacama por volta das 14h. A cidade é interessantíssima. Tem em torno de 500 habitantes e todas as construções são feitas de pedra e barro.


Suas ruas são estreitas, onde mal passa um carro e em algumas só é permitido peatones. Fomos logo almoçar em um dos incontáveis restaurantes despojados espalhados pela cidadezinha, onde comemos pizza e lazanha.

O albergue fica na rua principal, a famosa Caracoles. Não possui banheiros privados e o racionamento de água é grande. Tem um jardim de inverno (inverno no atacama é muito difícil) onde “deságuam” as portas de todos os quartos. Fizemos o check in e fomos ao nosso primeiro passeio.

Decidimos ir primeiro ao Salar do Atacama. Estávamos bem informados das condições das estradas, então resolvemos ir de carro. Na estrada vimos o primeiro de muitos redemoinhos de areia. O Salar fica a uns 40km de San Pedro e realmente foi bem tranqüila a estrada. O lugar é muito bonito, tem sal pra todo lado e algumas lagoas de água azul cobertas por flamingos, mas não foi a imagem mais bonita que vimos. Nos haviam dito que tínhamos que ir com óculos de sol, pois o reflexo era muito grande do sol no sal. Estavam exagerando. Encontramos um casal de Porto-Alegrenses muito simpáticos, que trocaram informações de passeios e estradas.

Saimos do Salar com esperança de pegar o por-do-sol no Vale de La Luna. Chegando lá nos dessepcionamos por estar fechada, porém vimos de um mirador tão belo quanto.

A noite,fomos em uma agencia de turismo programar os passeios dos dois dias seguintes, depois jantamos em um restaurante bem descolado e fomos dormir.

sábado, 5 de dezembro de 2009

03 de dezembro de 2009

Acordamos em La Serena e logo pegamos a estrada.

Depois de poucos quilômetros nos deparamos com o tão esperado Deserto do Atacama. Diferentemente da imagens que muitos tem do deserto, como o do Saara, aqui não há areia a perder de vista, mas sim um terreno pedregoso e muitas montanhas e rochedos com uma vegetação arbustiva rasteira, de coloração pálida.

Há pequenas comunidades ao longo das rodovias e algumas localidade destas voltada ao extrativismo mineral. Essa paisagem nos acompanhou por toda a viagem, até antofagasta, cerca de 800km.




No caminho passamos por regiões litorâneas com paisagens muito bonitas, com ondas grandes de aguas verde quebrando em rochedos negros.


Ainda no deserto, nos deparamos com La mano del Disierto, uma escultura no meio do atacama que saúda a todos os viajantes que chegam ou partem de Antofagasta. Chegamos em Antofagasta em torno das 22h. Não havíamos reservado nenhum albergue e tivemos que procurar onde ficar. Na busca por um hotel, paramos em um restaurante chinês, o La nueva ciudad, onde jantamos pratos típicos.

Saindo de lá, voltamos a procurar hotel, e graças a ajuda do GPS, encontramos um. Nada demais, mas foi onde encostamos nossos corpos cansados e em alguns minutos durmimos.

Abraços

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

02 de dezembro de 2009

02 de dezembro 2009

Hoje é um dia para descansar. A cidade de La Serena é uma pequena cidade ao lado da capital provinciana Coquimbo. A cidade é histórica, foi fundada em 1545, sendo com isso a segunda mais velha do Chile. Bem tranqüila, a cidade fica em região litorânea e tem à beira mar muitos restaurantes e bares que nessa época do ano ainda estão fechados. No centro a cidade cresceu em torno da Plaza das armas e ali tem muitos prédios antigos, bem conservados e um calçadão que corta toda a região central, onde fica o centro comercial.

Conforme tínhamos combinado iríamos a praia e ficaríamos discançando, pois no próximo dia temos um longo trecho. São 900 km até antofagasta, a caminho de São Pedro do Atacama.

Já começou o dia atípico, dormimos além do de costume. Levantamos para tomar o desayuno e ir para praia. Fomos a avenida beira-mar mas o movimento estava bem calmo, para não dizer inexistente. Percorremos toda a extensão da avenida e retardamos nossa ida a praia.



Fomos dar uma caminhada pelo centro e podemos assistir na praça um show de jazz protagonizado por simpáticos senhores, música boa que deixava a cidade ainda mais bonita.

Ficamos andando sem rumo até a hora do almoço, que pra nós já está acontencendo há dias por volta das 16:00h. Encontramos durante esse passeio um shopping e resolvemos chegar ali para almoçar.



Demos uma caminhada por ali, olhamos vitrines e achamos um bar-restaurante, com uma decoração muito interessante, com cartazes de cinema e de decoração com artes pinup´s. Olhando o cardápio, resolvi não arriscar, e pedi o já, para nós, tradicional e conhecido, churrasco a La pobre, já o Mateus e o Veiga resolveram pedir um Churrilllan. Erramos mais uma vez. O nosso velho conhecido veio com uma aparência não muito boa e o dos guris, que seria um molho com carne, presunto e bacon sobre batas fritas, mostrou-se ruim, com o molho amolecendo toda as batatas. Resumindo, passamos no MC para pegar uma sobremesa na intenção de incrementar o almoço.



Saindo dali, passamos num posto para pegar um água quente. Já fazia mais de um dia que não mateavamos. Mais uma volta na praia e agora sim resolvemos chegar. Tinha um movimento já. Chegando lá vimos que tinha muita gente vestindo a camiseta do Colo-Colo e após ficamos sabendo que haveria jogo a noite entre este e o time local de La serena, pelo play-offs do campeonato nacional. Ficamos ali mateando e admirando o pacifico, mas nenhum se encorajou a entrar no mar. Talvez por haver perto de nós uma saída de esgoto... Um fato nos chamou a atenção na praia e de certa forma em todo Chile. A força policial aqui é muito presente, nas estreadas a cada 100km há um posto policial. Na cidade a todo o momento se vê uma, duas ou três viaturas, carros novos e bem equipados. Na praia não podia ser diferente. Policiais desfilavam em quadriciclos, que eram bem maiores aos que tínhamos andado em Bariloche (hehe). No posto de salva vidas, 5 salva-vidas estavam também equipado, mas com uma camionete. Mas o fato que nos chamou atenção ali é que ao ver um possível afogamento, TODOS se deslocaram para o local, e além disso, surgiu ainda mais uma equipe, eram outros salva-vidas, vindo do mar num jetski. Feito o processo de salvamento, mais um espanto. O banhista foi autuado. Isso mesmo, haviam esperando ele duas carabineiros (nome da policia) com uma prancheta e caneta na mão.

Dali voltamos ao albergue para tomar um banho, se comunicar com as nossas senhoras e irmos jantar. Feito o contato, ora de ir jantar. Não podíamos errar, pois a fome estava grande. Lembramos-nos que ao ir para praia passamos por uma parrilla, num prédio grande e bonito, de nome Martin Fierro.



Decidimos que iríamos lá, e se dirigimos diretamente. Lá fomos muito bem atendidos e após ver a carta escolhemos. Eu pedi um Costilla a Llama (assado em 8h), acompanhado de batatas também assadas. Marcos pediu um Filet e Papas à Martin Fierro e o Mateus Bife de chorisso com papas provincial. Ótimos pedidos e saímos dali satisfeitíssimo.

A comida é muito boa, o atendimento se destaca a atenção do proprietário que veio conversar conosco e a decoração também merece atenção, pois o ambiente fez lembrar-nos no nosso velhos Rio Grande amado.

Cansados do dia de sol, e bem alimentando, voltamos ao albergue para dormir, pois amanha temos que realizar uma longa viagem.

Abraço

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

01 de dezembro de 2009

01 de dezembro de 2009.

Hoje nos acordamos as 9h em Santiago, capital chilena. Fomos ao banho, que nesse albergue é coletivo. Descemos para o café da manhã, que não era nem perto do da manhã anterior. Fizemos o check out mesmo sem saber se ficariamos mais uma noite no hostel, que apesar de ter um pátio diferenciado dos outros, com mesas com guarda-sóis, mesa de ping-pong, de pimbolim, não nos cativou.



Não encontramos programas que nos interessasem, então resolvemos ir a um shopping. Colocamos o endereço no GPS, mas na metade do caminho desistimos. Não estávamos gostando de Santiago. A cidade é grande, mas tem um certo charme. Tem construções antigas bem restauradas, contrastadas com prédios de aço escovado e vidro fumé, ruas limpas, enfim, é uma cidade interessante, que retrata a atual prosperidade econômica do país. Porém, não me senti (Mateus) nem um pouco cativado por esse espírito da cidade. Acredito que os guris também não.

Resolvemos, então, ir para a já rotulada de pacata Valparaíso. A idéia era fácil, porem perdemos aproximadamente uma hora tentando sair de Santiago. O GPS não nos ajudou, não tínhamos mapas. Tivemos que ir perguntando, pois a capital do Chile é extremamente mal sinalizada.

No caminho passamos por muitos vinhedos, alguns bem conhecidos dos brasileiros, entramos literalmente pelo cano, ou melhor, por grandes túneis que penetram pelos morros de ponta a ponta e também por alguns pedágios. No penúltimo o Rafa, que estava dirigindo, teve a impressão de ter sido enganado pelo cobrador do pedágio. O pedágio custava 1 mil e 500 pesos chilenos. O Rafa achou q tinha dado uma nota de 10 mil pesos, porém o rapaz disse que tinha sido uma nota de mil pesos. Como o Rafa não tinha certeza, somente impressão, deixamos e pagamos os 500 que faltavam. Mas passou, nos esquecemos. No próximo e último pedágio, que custava o mesmo preço, demos conscientemente uma nota de 10 mil pesos,mais uma moeda de 500 pesos, para facilitar o troco. Recebemos o ticket, porém o troco ficou com ela. A cara de pau, sem vergonha, ladra, disse que tínhamos dado a quantia exata. Ficamos P... da vida. O Rafa desligou o carro e começou a discussão. Xingamos a desgraçada. Ela saiu correndo da cabine para chamar um outro idiota pra tentar resolver. Ele levou a dele também e acabou pedindo arrego para sua superior. Veio mais uma mulher e tentou nos acalmar, mas não nos acalmaríamos se não recebêssemos o troco. O clima estava ficando pesado, a fila que se formou era enorme. Todos os carros que estavam parados buzinavam. Mal conseguíamos escutar o que a outra ladra nos dizia. Pra encerrar logo esse acontecido, pois fico louco só de lembrar, não nos devolveram P... nenhuma. Queriam que fossemos fazer uma reclamação no escritório do pedágio. Concordamos que seria perda de tempo, além do mais não estamos no nosso país. Deixamos, porém combinamos de filmar os pagamentos nos próximos pedágios.



Ao entrar em Valparaíso nos olhamos e decidimos que seguiriamos em frente. A cidade é horrível. Fica encima de morros áridos, com intermináveis escalinatas. É considerada uma cidade boêmia, com fortes tradições e cultura, que inspira poesias; mas só me inspirou a seguir adiante. Entretanto, não nos esqueceremos desta cidade, por nos ter revelado seu maior tesouro: o Pacífico. Não é muito diferente do nosso conhecido Atlântico, talvez um pouco mais frio.

Há 5km dali estava nosso próximo destino. Praticamente conurbada com Valparaíso está Viña Del Mar. Uma cidade completamente diferente, com paisagens e cores de encher os olhos. Não é a toa que Viña Del Mar é conhecida como Cidade Jardim, no Chile.



Na entrada já nos deparamos com um lindo relógio de flores, nos convidando pra mais uma foto.

Almoçamos, demos uma passeada na curta orla da cidade e fomos atrás do albergue que tínhamos escolhido. Para não me estender muito, o hostel era muito ruim, o único atrativo era um Pub abaixo, mas não foi o suficiente. Decidimos então encara mais 400km até nossa próxima parada: La Serena.


Nesse trecho fomos abandonados por alguns instantes pelo Andes, mas na nossa esquerda esteve sempre presente o Pacífico.

Enfim chegamos a um destino certo. La Serena é a segunda cidade mais antiga do Chile. Mesmo de noite pudemos ver a legitima influencia da colonização espanhola. Ruas estreitas, praticamente todas as fachadas das casas tem mais de cem anos. Nos empolgamos com essa volta ao passado, mas estávamos muito cansados e só o que queríamos era jantar e dormir.



30 de novembro de 2009

Hoje não acordamos muito cedo. Tivemos que descansar um pouco mais porque o dia de ontem foi muito puxado. Levantamos e tomamos o bom café-da-manhã do albergue. Lentamente separamos nossas roupas lavadas (pela primeira vez) e arrumamos as malas. Contas acertadas, tentamos procurar adesivos por toda Pucón mas foi em vão. Na busca, passamos por um grande galpão com artes manuais em madeira de toda a fauna e flora regional.

Na estrada, o destino era Chillan. Depois de 50 km numa estrada secundária chegamos à ruta 5, famosa estrada Panamericana que liga o sul do Chile ao Alasca. O alsfalto, a sinalização e os postos de gasolina (COPEC) são ótimos mas há muitos pedágios, bem caros. Chegamos em Chillan e fomos ao centro para procurar um sinal de wi-fi e pesquisar o endereço do hostel, já que a cidade não estava mapeada em nenhum dos GPSs. De cara uma cidade velha e, ao lado da rodoviária, nos deparamos com o final da feira de hortifruti. Muita sujeira e gente feia, causando uma má primeira impressão. Nada de lan house ou wi-fi. Também não tivemos sucesso em achar comida, fomos a um supermercado e a uma panaderia y pasteleria (onde descobrimos que pasteleria se remete à doces e não a pasteis) e nada nos apeteceu. Nas redondezas, visitamos a feira de artesanato local, nosso interesse na cidade. Lugar muito legal, com variedade, onde encontramos e compramos adereços da cultura chilena.

Depois de conversar um pouco e pechinchar muito, resolvemos ir a Santiago pois não havia mais atrativos na cidade. Abastecemos o carro, comemos sanduíches, avisamos às namoradas e fomos para estrada.


À nossa direita os Andes nos acompanharam o dia todo, nos brindando com lindas paisagens.

Ao entardecer, um lindo pôr-do-sol, paramos para tirar algumas fotos. No caminho, fomos parados pela polícia carabinera. Documentação em ordem, o policial conversou um pouco conosco e nos liberou prontamente.

Localizamos o hostel tranquilamente, graças ao GPS. Nossa primeira impressão foi boa da cidade. O albergue é localizado no centro do cidade, em uma região universitária com bastante edificações antigas. Já na chegada no albergue conhecemos um brasileiro (Catarina) de nome difícil que já esquecemos qual era. Se mostrou muito comunicativo e fez questão se sair conosco para jantar. Jantamos um prato típico de restaurantes fastfood chilenos, o churrasco a La pobre, que nada mais é que um bife acebolado acompanhado de fritas e ovo. Nada que mereça comentários, mas saciou a nossa fome.

Voltamos ao albergue para descansar da viagem pois amanhã conheceremos Santiago.

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

29 de novembro de 2009

Hoje vai ser um dia de aventura. Com mau tempo, sobraram poucas coisas para fazer. Pelo mesmo motivo, acabamos não conhecendo o vulcão Villarica, já não nos agradava a idéia de uma caminhada de 6 horas pra chegar ao topo, somado à chuva, ficou inviável. Acordamos as 9 e 30 e nos preparamos psicologicamente para o hidro speed, já que a chuva e o temperatura não agradavam nem um pouco. Por instantes pensamos em desistir mas logo nos motivamos e decidimos encarar o desafio.

O desayuno nos surpreendeu: ovos mexidos, pães quentinhos e café com leite. Passamos por uma casa de câmbio e chegamos a agencia de turismo as 10:45, 15 minutos antes do combinado. Esperamos 30 minutos por outros 4 turistas que também tinham combinado com a agência. Depois da tolerância e sem a presença dos outros 4, seguimos para o rio Trancura.


Paramos em um chalé para colocar as roupas de neoprene e os demais equipamentos, foi quando o guia recebeu uma ligação e teve que voltar para o centro buscar 2 dos, até então, desistentes.


Logo eles chegaram, eram 2 holandeses com genética alemã hehehe enquanto nossas botas eram 40 ou 42, eles já pediram as 46! Acho que nem precisavam de pé-de-pato! Estava tão frio que tivemos que colocar roupas térmicas adicionais, ficou praticamente impossível se mexer com tanta vestimenta: era a sensação de ser um salame!


Chegou a hora da aula prática, todos na água e já não nos saímos muito bem. Difícil lidar com os pés-de-pato e a correnteza! No começo foi indo tudo bem, “alemães” empolgados e brasileiros cautelosos e ainda com forças. O tempo foi passando, a dificuldade aumentando e o gás acabando. Os guias nos incentivavam mas faltava força, os pés e as mãos já não obedeciam.

Cada um de nós teve, em certo momento, a sensação de que não conseguiría e que entregaria a vida à correnteza. Tomamos muita aguá, caldinho, ficamos presos entre as pedras e tivemos câimbra. Passados os sustos, curtimos demais o passeio, a adrenalina e a paisagem. Se bem que eu o Mateus estávamos prejudicados, os dois míopes, um sem óculos e outro com óculos de natação embaçados, mesmo assim valeu muito a pena.

Retornamos então ao centro, tomamos um banho e fomos almoçar, eram aproximadamente 3 da tarde. Encontramos a Adriana e o Fernando (pais da Manu, namorada do Mateus) em frente ao restaurante e já combinamos uma janta juntos. Comemos uma pizza muito boa. Estavamos exaustos e decidimos ir aos termas para relaxar.



Percorremos cerca de 30km em uma estrada linda, no meio de um bosque, coberta por árvores e cercado por montanhas. São várias termas e spas, escolhemos a “los pozones” por ser a primeira e mais alta da montanha e a única com fontes naturais. Eram 7 piscinas de pedra que margeavam o rio Lincura, com águas de 37 a 42ºC e temperatura ambiente de 5ºC. Ficamos imaginando como seria aquela paisagem se estivesse nevando...




A noite chegou e fomos jantar com Adriana e Fernando Barros e seus amigos, Mariangela e César Victora e um casal de médicos holandeses. Era um restaurante famoso, de caças. Comemos carpacho de avestruz, filé de avestruz, ciervo(veado heheehe) e javali, além da entrada: pulpos (polvo). Ótima companhia, conversa agradável e só aumentam as saudades do Brasil.

28 de Novembro

Hoje levantamos sem programação alguma. Temos que realizar um trecho entre Bariloche e Pucón. Inicialmente iríamos a Osorno, uma cidade ao sul de Pucón, mas após conversas com o pessoal daqui que disseram não haver muito o que ver ou fazer lá, decidimos “pular” essa cidade, mudando nosso destino. O trecho inicial incluiu alguns quilômetros da estrada que já havíamos feito para ir à Bariloche e a San Martin de los Andes, uma paisagem já conhecida porem admirávamos novamente.



Após esse trecho, novas vistas e, em uma delas, paramos em um mirador. Logo após parou uma camioneta pedindo informações para nós. Nossa surpresa foi quando falaram em português. Eram brasileiros, que estavam viajando já há algum tempo e questionaram aonde iríamos. Após trocas de informações e dicas, convencemo-los a mudar o roteiro e realizarem o Caminho dos Sete Lagos.


Seguimos viagem e graças ao GPS encontramos o caminho certinho para a fronteira.



Durante o caminho pegamos uns 30km de rípio até a fronteira com o Chile. Na aduana argentina tudo tranqüilo, nossa documentação estava regular e em minutos fomos dispensados. No lado chileno, um pouco mais de tempo. Chegou antes da gente uma van com turistas. Por estarem em maior número, tivemos que esperar... Mas não foi só isso.


A aduana chilena com certeza é a mais controlada. Revistaram todo o carro, fizeram passar toda a bagagem pelo raio-x e para nossa surpresa, pediram para abrir uma das malas, pois haviam “vidrinhos pequenos”. A mala era a do Veiga, e as substancias eram amostras grátis de antibiótico que trouxemos para um eventual tratamento. Após o fiscal falar com um agente da saúde, e nós mostrarmos o adesivo da medicina no carro, ele nos liberou.

Seguindo adiante, um longo trecho de rípio. Cerca de 80km de estrada de pedras. Diferentemente das que conhecemos aí, aqui são pedras grandes, redondas, numa forma que diminuiu bastante a aderência do carro. Somado a estrada em declive, fez com que a gente aumentasse a atenção na estrada. Após esse longo trecho chegamos a uma pequeníssima cidade, voltada totalmente ao turismo de aventura, com a avenida principal tomada por agencias de turismo, restaurantes e hotéis.



Era Pucón. Já na chegada procuramos nos informar sobre passeios e atividade que pudéssemos realizar em 1 dia, que era a previsão de nossa estadia. Haviamos combinado com uma agencia daqui, por e-mail, de realizar Skydive (paraquedas),fomos ao aeródromo, mas não achamos a agencia, fechada pelo mau tempo. Com essa atividade suspensa nos programamos para fazer no outro dia o hidro speed e após ir relaxar em uma das muitas termas que tem por aqui.

Como de praxe, fomos ao hostel já marcado por nos e após check-in nos instalamos. Mateus recebeu uma msg de sua sogra, que estava também aqui em Pucon e nos convidou para ir jantar com eles. Foi um jantar com amigos, boa comida e boa conversa. Tínhamos a sensação de estar no Brasil. Dalí voltamos para o hostel para descansar para os passeios de amanhã.

Abraços


sábado, 28 de novembro de 2009

27 de novembro

Nosso dia começou as 9h30min. Acordamos e fomos tomar o café da manhã do albergue. Depois retornamos ao quarto para tomar um banho e nos prepararmos para o dia.

Estávamos afim de conhecer uma das estações de esqui de Bariloche. Perguntamos ao recepcionista pelo melhor lugar para irmos, onde restaria mais neve e que outros programas poderíamos fazer. Ele tentou nos desanimar dizendo q havia muito pouca neve e poucos programas. Indagamos sobre passeios de quadriciclo, mas ele nos disse que não estavam fazendo. Não demos muito ouvidos a ele e animadíssimos seguimos para Cerro Catedral, onde possui uma estação de esqui indicada pela revista Viagem, presente da Manuela (minha namorida).


Cerro Catedral fica a 19Km de Bariloche. Possui um complexo de hotéis, lojas, restaurantes, bares, escolas de esqui. São 67Km de pistas para iniciantes e experientes, mas no verão a neve se resume somente aos topos daquelas “grandes cochilhas”.

Chegando lá, nos deparamos com uma grande quantidade de passeios em quadriciclos. Paramos no primeiro para nos informarmos dos preços e das trilhas. Fomos extremamente bem atendidos por um senhor de aproximadamente 60 anos, cabelos brancos e vestindo bombachas argentinas. Se chamava Juan, tinha uma fala simples, com mescla de rudeza e simpatia. Nos cativou com poucas palavras, talvez por termos nos identificado um pouco. O passeio saia 200 pesos por pessoa e durava em média 1h. Ficamos de ver os outros passeios e depois de conhecer a estação voltaríamos para fazer o passeio.

Empolgados chegamos a bilheteria do bondinho que nos levava ao topo. Saiu 60 pesos para cada um. Recebemos os cartões, passamos na roleta, na pesagem e subimos no bondinho. Na subida, a cada mirada pelo horizonte do Rafa e do Veiga era um novo sorriso. Quanto mais subíamos, mais avistávamos os cerros que nos cercavam.


Enfim, chegamos ao topo. É indescritível, mas vou tentar resumir com breves palavras: emoção, paz, surpresa.



Estávamos vendo tudo do alto. Era como se tivéssemos os olhos dos quatro condores que vieram nos recepcionar. Já faziam 2 dias que eu (Mateus) incomodava os guris por não ter visto um condor ainda.

Fiquei um pouco hipnotizado, peguei a câmera e tentei filmar o quanto pudesse. A visita deles foi breve, mas quem realmente estava visitando éramos nós.


Fotografamos muito, andamos de esqui-bunda, hehe. Não haviam esquis para alugar. Andamos de cablecarril para chegar a outro ponto do cerro.

Por volta de umas 16h fomos a um dos dois restaurantes que tinham no topo do cerro. Comemos mais uma milanesa, sentados em sofás, avistando a cordilheira.

Um pouco cansados pegamos novamente o bondinho para descermos. Como “para baixo todo santo ajuda” a descida foi bem mais rápida.

Ao chegarmos no carro, mais uma surpresa. Estávamos sem bateria. Eu havia deixado o GPS ligado no isqueiro do carro e o Rafa deixou os faróis acesos. Fomos até um restaurante onde conseguimos os cabos e o Rafa foi até o Juan para pedir que nos auxiliasse com sua caminhonete, uma Land Rover Discovery. Ele dispostamente emprestou seu carro. Deu tudo certo, demos uma volta para a bateria carregar novamente. Resolvemos nem ver os preços das outras agencias de passeios de quadriciclo e fechar com Juan.




Foram nos dadas as devidas instruções sobre as maquinas e começamos a trilha escolhida.No início estávamos meio tímidos, acelerávamos pouco, um pouco acanhados. Depois de uns 20 minutos paramos em um lago, lavamos os rostos, pois a poeira era grande. Ao continuar a trilha a gurizada se soltou. Não andávamos mais em linha reta, era só “abaixo de muito pau”. Por suerte saimos ilesos, porém acho q os quadriciclos nem tanto. Só o meus a correia se foi por três vezes, até que Juan trocou o seu comigo. Como estávamos andando muito rápido nosso guia acabou fazendo uma trilha maior que a de costume. O passeio foi muito bom. Quando tiramos os capacetes não sobraram risos. Nossos rostos estavam pretos de poeira, principalmente o do Veiga. Lavamos os rostos, cuspimos tijolos e voltamos ao albergue.

Tomamos banho, falamos com a família, com as respectivas e saímos para procurar algumas lembranças para o povo e as chicas.

Jantamos no albergue, tomamos uma garrafa de vinho e jogamos umas partidas de sinuca com dois irlandeses, que apesar de inventarem suas próprias regras não conseguiram nos ganhar.

Nossa próxima parada: CHILE

Beijos a todos.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009


Nosso dia começa tranquilamente. Estamos descansados e motivados para realizar esse trecho da viagem. A Rota dos sete lagos é uma estrada vicinal que liga a cidade de San Martin de Los Andes até Bariloche. Segundo informações que tivemos com o pessoal local, a estrada está em obras e há trechos com asfalto (sua maioria) e trecho de ripio (pedra), mas como nossa intenção era de viajar devagar, não nos preocupamos com isso. Nossa idéia era de percorrer os 180km desse trecho em 3 a 4 horas, por isso aproveitamos a manhã para conhecer o comércio local. Compramos algumas coisas, como uma jaqueta para o Mateus (que não havia trazido) e eu (rafa) comprei uma faca, com cabo feito de guampa de cervo (viado... hehehe) e pinus andinienses (hehe).


Aproveitamos para almoçar também em San Martin. Na avenida principal nos chamou a atenção um restaurante, em um prédio antigo e bem charmoso com nome interessante: Bodega del fin del mundo . Entramos e decidimos almoçar ali mesmo. Como havíamos “errado” na janta passada, resolvemos não arriscar e decidimos pedir pastas (massas). A comida é de muita qualidade e muito saborosa. Recomendamos para quem vier a San Martin de Los Andes. San Martin é uma cidade pequena, cercada por 2 grandes cerros e um belo lago.


Pegamos a estradas as 13h, e logo na saída já paramos, pois o primeiro lago é justamente o que margeia San Martin. Na estrada há paradores, localizados estrategicamente em vistas deslumbrantes.


Seguimos lentamente pela estrada, e a cada curva outra surpresa. Senão outro lago, o mesmo de outra visão.


Havia também no horizonte a presença constante de cadeias montanhosas com neve em seus cumes. São paisagens indescritíveis, e que imagens poderão tentar explicar.



Numa dessas curvas, uma placa dizendo "caminho para cachoeira - 2 horas de caminhada". Entramos ali, de carro mesmo e decidimos seguir até onde pudéssemos ir de carro. Depois de uns 2km um rio cortou nosso caminho. Outro cenário muito legal... e não nos contivemos. Mateus foi o primeiro a se preparar pro banho naquele rio, mas ao tocar na agua, refugou. Eu não me contive, e sem testar a temperatura... me atirei. A agua era tão fria que logo que se entra, as pernas formigam e a saída tem que ser quase que imediata. Mas valeu a pena, banhar-se com a água dos Andes.

Levamos cerca de 8h para percorrermos esses 180 km, mas em lugares como esse, a sensação de tempo é relativa, e não vimos ele passar. O ultimo lago é o Nahuel Huapi, onde às margens está a cidade de bariloche. Fomos direto ao hostel, já que havíamos feito a reserva de San Martin por um serviço oferecido aos membros do hostel international. Após fazermos o chek-in soubemos que o hostel oferecia janta, e como estávamos cansados, aproveitamos para fazer isto aqui mesmo. A janta servida foi um milanesa com purê e pão, suficiente para nos satisfazer. Jantado, saímos para conhecer a cidade, mas não encontramos nada interessante, como é baixa temporada a cidade está vazia, e voltamos para o hostel. Amanhã a programação é encontrar um estação de esqui aberta e nos ocuparmos por lá.

Abraço