quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

01 de dezembro de 2009

01 de dezembro de 2009.

Hoje nos acordamos as 9h em Santiago, capital chilena. Fomos ao banho, que nesse albergue é coletivo. Descemos para o café da manhã, que não era nem perto do da manhã anterior. Fizemos o check out mesmo sem saber se ficariamos mais uma noite no hostel, que apesar de ter um pátio diferenciado dos outros, com mesas com guarda-sóis, mesa de ping-pong, de pimbolim, não nos cativou.



Não encontramos programas que nos interessasem, então resolvemos ir a um shopping. Colocamos o endereço no GPS, mas na metade do caminho desistimos. Não estávamos gostando de Santiago. A cidade é grande, mas tem um certo charme. Tem construções antigas bem restauradas, contrastadas com prédios de aço escovado e vidro fumé, ruas limpas, enfim, é uma cidade interessante, que retrata a atual prosperidade econômica do país. Porém, não me senti (Mateus) nem um pouco cativado por esse espírito da cidade. Acredito que os guris também não.

Resolvemos, então, ir para a já rotulada de pacata Valparaíso. A idéia era fácil, porem perdemos aproximadamente uma hora tentando sair de Santiago. O GPS não nos ajudou, não tínhamos mapas. Tivemos que ir perguntando, pois a capital do Chile é extremamente mal sinalizada.

No caminho passamos por muitos vinhedos, alguns bem conhecidos dos brasileiros, entramos literalmente pelo cano, ou melhor, por grandes túneis que penetram pelos morros de ponta a ponta e também por alguns pedágios. No penúltimo o Rafa, que estava dirigindo, teve a impressão de ter sido enganado pelo cobrador do pedágio. O pedágio custava 1 mil e 500 pesos chilenos. O Rafa achou q tinha dado uma nota de 10 mil pesos, porém o rapaz disse que tinha sido uma nota de mil pesos. Como o Rafa não tinha certeza, somente impressão, deixamos e pagamos os 500 que faltavam. Mas passou, nos esquecemos. No próximo e último pedágio, que custava o mesmo preço, demos conscientemente uma nota de 10 mil pesos,mais uma moeda de 500 pesos, para facilitar o troco. Recebemos o ticket, porém o troco ficou com ela. A cara de pau, sem vergonha, ladra, disse que tínhamos dado a quantia exata. Ficamos P... da vida. O Rafa desligou o carro e começou a discussão. Xingamos a desgraçada. Ela saiu correndo da cabine para chamar um outro idiota pra tentar resolver. Ele levou a dele também e acabou pedindo arrego para sua superior. Veio mais uma mulher e tentou nos acalmar, mas não nos acalmaríamos se não recebêssemos o troco. O clima estava ficando pesado, a fila que se formou era enorme. Todos os carros que estavam parados buzinavam. Mal conseguíamos escutar o que a outra ladra nos dizia. Pra encerrar logo esse acontecido, pois fico louco só de lembrar, não nos devolveram P... nenhuma. Queriam que fossemos fazer uma reclamação no escritório do pedágio. Concordamos que seria perda de tempo, além do mais não estamos no nosso país. Deixamos, porém combinamos de filmar os pagamentos nos próximos pedágios.



Ao entrar em Valparaíso nos olhamos e decidimos que seguiriamos em frente. A cidade é horrível. Fica encima de morros áridos, com intermináveis escalinatas. É considerada uma cidade boêmia, com fortes tradições e cultura, que inspira poesias; mas só me inspirou a seguir adiante. Entretanto, não nos esqueceremos desta cidade, por nos ter revelado seu maior tesouro: o Pacífico. Não é muito diferente do nosso conhecido Atlântico, talvez um pouco mais frio.

Há 5km dali estava nosso próximo destino. Praticamente conurbada com Valparaíso está Viña Del Mar. Uma cidade completamente diferente, com paisagens e cores de encher os olhos. Não é a toa que Viña Del Mar é conhecida como Cidade Jardim, no Chile.



Na entrada já nos deparamos com um lindo relógio de flores, nos convidando pra mais uma foto.

Almoçamos, demos uma passeada na curta orla da cidade e fomos atrás do albergue que tínhamos escolhido. Para não me estender muito, o hostel era muito ruim, o único atrativo era um Pub abaixo, mas não foi o suficiente. Decidimos então encara mais 400km até nossa próxima parada: La Serena.


Nesse trecho fomos abandonados por alguns instantes pelo Andes, mas na nossa esquerda esteve sempre presente o Pacífico.

Enfim chegamos a um destino certo. La Serena é a segunda cidade mais antiga do Chile. Mesmo de noite pudemos ver a legitima influencia da colonização espanhola. Ruas estreitas, praticamente todas as fachadas das casas tem mais de cem anos. Nos empolgamos com essa volta ao passado, mas estávamos muito cansados e só o que queríamos era jantar e dormir.


3 comentários:

  1. Que marasvilha Mateus!!!!!!Que aventura gnde voces estao fazendo!!!!!!!!!!!! Estuo encantada como voces sao otimos escritores!!!! Aproveitem bastante cada minuto desta aventur mas sempre se cuidando bem.Te amo bjs

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  2. Marcos Gomes, estou gostando de ler os comentarios e narrativas desta viagem cheia de emoções e aprendizado. Sucessos, e se cuidem. Procurem descobrir o sabor de comer "empanadas". São famosas na culinaria de origem espanhola. O recheio é de carne vermelha, batata, azeitonas picadas, uva-passas, ovo cozido, e temperos. Se puderem e conseguirem, tragam a receita da melhor que comerem por ai.É muito regionalizada. Abraços

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  3. Aproveita bem Rafinha.. que os plantões te aguardam..heheeh

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