segunda-feira, 30 de novembro de 2009

29 de novembro de 2009

Hoje vai ser um dia de aventura. Com mau tempo, sobraram poucas coisas para fazer. Pelo mesmo motivo, acabamos não conhecendo o vulcão Villarica, já não nos agradava a idéia de uma caminhada de 6 horas pra chegar ao topo, somado à chuva, ficou inviável. Acordamos as 9 e 30 e nos preparamos psicologicamente para o hidro speed, já que a chuva e o temperatura não agradavam nem um pouco. Por instantes pensamos em desistir mas logo nos motivamos e decidimos encarar o desafio.

O desayuno nos surpreendeu: ovos mexidos, pães quentinhos e café com leite. Passamos por uma casa de câmbio e chegamos a agencia de turismo as 10:45, 15 minutos antes do combinado. Esperamos 30 minutos por outros 4 turistas que também tinham combinado com a agência. Depois da tolerância e sem a presença dos outros 4, seguimos para o rio Trancura.


Paramos em um chalé para colocar as roupas de neoprene e os demais equipamentos, foi quando o guia recebeu uma ligação e teve que voltar para o centro buscar 2 dos, até então, desistentes.


Logo eles chegaram, eram 2 holandeses com genética alemã hehehe enquanto nossas botas eram 40 ou 42, eles já pediram as 46! Acho que nem precisavam de pé-de-pato! Estava tão frio que tivemos que colocar roupas térmicas adicionais, ficou praticamente impossível se mexer com tanta vestimenta: era a sensação de ser um salame!


Chegou a hora da aula prática, todos na água e já não nos saímos muito bem. Difícil lidar com os pés-de-pato e a correnteza! No começo foi indo tudo bem, “alemães” empolgados e brasileiros cautelosos e ainda com forças. O tempo foi passando, a dificuldade aumentando e o gás acabando. Os guias nos incentivavam mas faltava força, os pés e as mãos já não obedeciam.

Cada um de nós teve, em certo momento, a sensação de que não conseguiría e que entregaria a vida à correnteza. Tomamos muita aguá, caldinho, ficamos presos entre as pedras e tivemos câimbra. Passados os sustos, curtimos demais o passeio, a adrenalina e a paisagem. Se bem que eu o Mateus estávamos prejudicados, os dois míopes, um sem óculos e outro com óculos de natação embaçados, mesmo assim valeu muito a pena.

Retornamos então ao centro, tomamos um banho e fomos almoçar, eram aproximadamente 3 da tarde. Encontramos a Adriana e o Fernando (pais da Manu, namorada do Mateus) em frente ao restaurante e já combinamos uma janta juntos. Comemos uma pizza muito boa. Estavamos exaustos e decidimos ir aos termas para relaxar.



Percorremos cerca de 30km em uma estrada linda, no meio de um bosque, coberta por árvores e cercado por montanhas. São várias termas e spas, escolhemos a “los pozones” por ser a primeira e mais alta da montanha e a única com fontes naturais. Eram 7 piscinas de pedra que margeavam o rio Lincura, com águas de 37 a 42ºC e temperatura ambiente de 5ºC. Ficamos imaginando como seria aquela paisagem se estivesse nevando...




A noite chegou e fomos jantar com Adriana e Fernando Barros e seus amigos, Mariangela e César Victora e um casal de médicos holandeses. Era um restaurante famoso, de caças. Comemos carpacho de avestruz, filé de avestruz, ciervo(veado heheehe) e javali, além da entrada: pulpos (polvo). Ótima companhia, conversa agradável e só aumentam as saudades do Brasil.

28 de Novembro

Hoje levantamos sem programação alguma. Temos que realizar um trecho entre Bariloche e Pucón. Inicialmente iríamos a Osorno, uma cidade ao sul de Pucón, mas após conversas com o pessoal daqui que disseram não haver muito o que ver ou fazer lá, decidimos “pular” essa cidade, mudando nosso destino. O trecho inicial incluiu alguns quilômetros da estrada que já havíamos feito para ir à Bariloche e a San Martin de los Andes, uma paisagem já conhecida porem admirávamos novamente.



Após esse trecho, novas vistas e, em uma delas, paramos em um mirador. Logo após parou uma camioneta pedindo informações para nós. Nossa surpresa foi quando falaram em português. Eram brasileiros, que estavam viajando já há algum tempo e questionaram aonde iríamos. Após trocas de informações e dicas, convencemo-los a mudar o roteiro e realizarem o Caminho dos Sete Lagos.


Seguimos viagem e graças ao GPS encontramos o caminho certinho para a fronteira.



Durante o caminho pegamos uns 30km de rípio até a fronteira com o Chile. Na aduana argentina tudo tranqüilo, nossa documentação estava regular e em minutos fomos dispensados. No lado chileno, um pouco mais de tempo. Chegou antes da gente uma van com turistas. Por estarem em maior número, tivemos que esperar... Mas não foi só isso.


A aduana chilena com certeza é a mais controlada. Revistaram todo o carro, fizeram passar toda a bagagem pelo raio-x e para nossa surpresa, pediram para abrir uma das malas, pois haviam “vidrinhos pequenos”. A mala era a do Veiga, e as substancias eram amostras grátis de antibiótico que trouxemos para um eventual tratamento. Após o fiscal falar com um agente da saúde, e nós mostrarmos o adesivo da medicina no carro, ele nos liberou.

Seguindo adiante, um longo trecho de rípio. Cerca de 80km de estrada de pedras. Diferentemente das que conhecemos aí, aqui são pedras grandes, redondas, numa forma que diminuiu bastante a aderência do carro. Somado a estrada em declive, fez com que a gente aumentasse a atenção na estrada. Após esse longo trecho chegamos a uma pequeníssima cidade, voltada totalmente ao turismo de aventura, com a avenida principal tomada por agencias de turismo, restaurantes e hotéis.



Era Pucón. Já na chegada procuramos nos informar sobre passeios e atividade que pudéssemos realizar em 1 dia, que era a previsão de nossa estadia. Haviamos combinado com uma agencia daqui, por e-mail, de realizar Skydive (paraquedas),fomos ao aeródromo, mas não achamos a agencia, fechada pelo mau tempo. Com essa atividade suspensa nos programamos para fazer no outro dia o hidro speed e após ir relaxar em uma das muitas termas que tem por aqui.

Como de praxe, fomos ao hostel já marcado por nos e após check-in nos instalamos. Mateus recebeu uma msg de sua sogra, que estava também aqui em Pucon e nos convidou para ir jantar com eles. Foi um jantar com amigos, boa comida e boa conversa. Tínhamos a sensação de estar no Brasil. Dalí voltamos para o hostel para descansar para os passeios de amanhã.

Abraços


sábado, 28 de novembro de 2009

27 de novembro

Nosso dia começou as 9h30min. Acordamos e fomos tomar o café da manhã do albergue. Depois retornamos ao quarto para tomar um banho e nos prepararmos para o dia.

Estávamos afim de conhecer uma das estações de esqui de Bariloche. Perguntamos ao recepcionista pelo melhor lugar para irmos, onde restaria mais neve e que outros programas poderíamos fazer. Ele tentou nos desanimar dizendo q havia muito pouca neve e poucos programas. Indagamos sobre passeios de quadriciclo, mas ele nos disse que não estavam fazendo. Não demos muito ouvidos a ele e animadíssimos seguimos para Cerro Catedral, onde possui uma estação de esqui indicada pela revista Viagem, presente da Manuela (minha namorida).


Cerro Catedral fica a 19Km de Bariloche. Possui um complexo de hotéis, lojas, restaurantes, bares, escolas de esqui. São 67Km de pistas para iniciantes e experientes, mas no verão a neve se resume somente aos topos daquelas “grandes cochilhas”.

Chegando lá, nos deparamos com uma grande quantidade de passeios em quadriciclos. Paramos no primeiro para nos informarmos dos preços e das trilhas. Fomos extremamente bem atendidos por um senhor de aproximadamente 60 anos, cabelos brancos e vestindo bombachas argentinas. Se chamava Juan, tinha uma fala simples, com mescla de rudeza e simpatia. Nos cativou com poucas palavras, talvez por termos nos identificado um pouco. O passeio saia 200 pesos por pessoa e durava em média 1h. Ficamos de ver os outros passeios e depois de conhecer a estação voltaríamos para fazer o passeio.

Empolgados chegamos a bilheteria do bondinho que nos levava ao topo. Saiu 60 pesos para cada um. Recebemos os cartões, passamos na roleta, na pesagem e subimos no bondinho. Na subida, a cada mirada pelo horizonte do Rafa e do Veiga era um novo sorriso. Quanto mais subíamos, mais avistávamos os cerros que nos cercavam.


Enfim, chegamos ao topo. É indescritível, mas vou tentar resumir com breves palavras: emoção, paz, surpresa.



Estávamos vendo tudo do alto. Era como se tivéssemos os olhos dos quatro condores que vieram nos recepcionar. Já faziam 2 dias que eu (Mateus) incomodava os guris por não ter visto um condor ainda.

Fiquei um pouco hipnotizado, peguei a câmera e tentei filmar o quanto pudesse. A visita deles foi breve, mas quem realmente estava visitando éramos nós.


Fotografamos muito, andamos de esqui-bunda, hehe. Não haviam esquis para alugar. Andamos de cablecarril para chegar a outro ponto do cerro.

Por volta de umas 16h fomos a um dos dois restaurantes que tinham no topo do cerro. Comemos mais uma milanesa, sentados em sofás, avistando a cordilheira.

Um pouco cansados pegamos novamente o bondinho para descermos. Como “para baixo todo santo ajuda” a descida foi bem mais rápida.

Ao chegarmos no carro, mais uma surpresa. Estávamos sem bateria. Eu havia deixado o GPS ligado no isqueiro do carro e o Rafa deixou os faróis acesos. Fomos até um restaurante onde conseguimos os cabos e o Rafa foi até o Juan para pedir que nos auxiliasse com sua caminhonete, uma Land Rover Discovery. Ele dispostamente emprestou seu carro. Deu tudo certo, demos uma volta para a bateria carregar novamente. Resolvemos nem ver os preços das outras agencias de passeios de quadriciclo e fechar com Juan.




Foram nos dadas as devidas instruções sobre as maquinas e começamos a trilha escolhida.No início estávamos meio tímidos, acelerávamos pouco, um pouco acanhados. Depois de uns 20 minutos paramos em um lago, lavamos os rostos, pois a poeira era grande. Ao continuar a trilha a gurizada se soltou. Não andávamos mais em linha reta, era só “abaixo de muito pau”. Por suerte saimos ilesos, porém acho q os quadriciclos nem tanto. Só o meus a correia se foi por três vezes, até que Juan trocou o seu comigo. Como estávamos andando muito rápido nosso guia acabou fazendo uma trilha maior que a de costume. O passeio foi muito bom. Quando tiramos os capacetes não sobraram risos. Nossos rostos estavam pretos de poeira, principalmente o do Veiga. Lavamos os rostos, cuspimos tijolos e voltamos ao albergue.

Tomamos banho, falamos com a família, com as respectivas e saímos para procurar algumas lembranças para o povo e as chicas.

Jantamos no albergue, tomamos uma garrafa de vinho e jogamos umas partidas de sinuca com dois irlandeses, que apesar de inventarem suas próprias regras não conseguiram nos ganhar.

Nossa próxima parada: CHILE

Beijos a todos.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009


Nosso dia começa tranquilamente. Estamos descansados e motivados para realizar esse trecho da viagem. A Rota dos sete lagos é uma estrada vicinal que liga a cidade de San Martin de Los Andes até Bariloche. Segundo informações que tivemos com o pessoal local, a estrada está em obras e há trechos com asfalto (sua maioria) e trecho de ripio (pedra), mas como nossa intenção era de viajar devagar, não nos preocupamos com isso. Nossa idéia era de percorrer os 180km desse trecho em 3 a 4 horas, por isso aproveitamos a manhã para conhecer o comércio local. Compramos algumas coisas, como uma jaqueta para o Mateus (que não havia trazido) e eu (rafa) comprei uma faca, com cabo feito de guampa de cervo (viado... hehehe) e pinus andinienses (hehe).


Aproveitamos para almoçar também em San Martin. Na avenida principal nos chamou a atenção um restaurante, em um prédio antigo e bem charmoso com nome interessante: Bodega del fin del mundo . Entramos e decidimos almoçar ali mesmo. Como havíamos “errado” na janta passada, resolvemos não arriscar e decidimos pedir pastas (massas). A comida é de muita qualidade e muito saborosa. Recomendamos para quem vier a San Martin de Los Andes. San Martin é uma cidade pequena, cercada por 2 grandes cerros e um belo lago.


Pegamos a estradas as 13h, e logo na saída já paramos, pois o primeiro lago é justamente o que margeia San Martin. Na estrada há paradores, localizados estrategicamente em vistas deslumbrantes.


Seguimos lentamente pela estrada, e a cada curva outra surpresa. Senão outro lago, o mesmo de outra visão.


Havia também no horizonte a presença constante de cadeias montanhosas com neve em seus cumes. São paisagens indescritíveis, e que imagens poderão tentar explicar.



Numa dessas curvas, uma placa dizendo "caminho para cachoeira - 2 horas de caminhada". Entramos ali, de carro mesmo e decidimos seguir até onde pudéssemos ir de carro. Depois de uns 2km um rio cortou nosso caminho. Outro cenário muito legal... e não nos contivemos. Mateus foi o primeiro a se preparar pro banho naquele rio, mas ao tocar na agua, refugou. Eu não me contive, e sem testar a temperatura... me atirei. A agua era tão fria que logo que se entra, as pernas formigam e a saída tem que ser quase que imediata. Mas valeu a pena, banhar-se com a água dos Andes.

Levamos cerca de 8h para percorrermos esses 180 km, mas em lugares como esse, a sensação de tempo é relativa, e não vimos ele passar. O ultimo lago é o Nahuel Huapi, onde às margens está a cidade de bariloche. Fomos direto ao hostel, já que havíamos feito a reserva de San Martin por um serviço oferecido aos membros do hostel international. Após fazermos o chek-in soubemos que o hostel oferecia janta, e como estávamos cansados, aproveitamos para fazer isto aqui mesmo. A janta servida foi um milanesa com purê e pão, suficiente para nos satisfazer. Jantado, saímos para conhecer a cidade, mas não encontramos nada interessante, como é baixa temporada a cidade está vazia, e voltamos para o hostel. Amanhã a programação é encontrar um estação de esqui aberta e nos ocuparmos por lá.

Abraço

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

25 de novembro de 2009

Hoje o dia promete. Saímos de Neuquen às 10h da manhã. Nos despedimos do pessoal do albergue e presenteamo-los com erva-mate. Eles aqui usam erva “conservada” de 24 meses, e não conheciam ela fresca (apenas triturada como nos usamos)... Saindo de lá fomos ao mirador da cidade onde nos disseram que teria uma vista bonita. A vista se confirmou, mas a noite talvez fosse mais bonita.

Abastecemos o carro, programamos o GPS e começamos o nosso trecho. Logo que saímos de Neuquen já paramos o carro. Grandes paredões de pedra cercam a cidade, um cenário muito bonito pra fotos. Estavamos ansiosos para avistar qualquer vestígio da Cordilheira dos Andes. A cada quilometro percorrido a expectativa aumentava.


Depois de muitas frustrações, fomos presenteados com uma paisagem linda e, não eram os Andes. Para nós, uma represa, imensa, que depois soubemos que era um lago artificial, próximo a El chocon, de nome ainda desconhecido. Fomos margeando o mesmo até encontrarmos uma pequena estrada, onde entramos para poder vê-lo mais de perto. Conseguimos chegar à beira daquele lago de água tão azul quanto o céu límpido que nos cobria. Ficamos fotografando e filmando as margens do lago por cerca de uma hora. Essa foi uma das primeiras surpresas que tivemos, mas ainda não sabíamos das paisagens que nos esperavam.

Seguindo caminho, almoçamos em um restaurante à beira da estrada: outra surpresa, a comida estava muito boa. Trutas com molho de manteiga e uma mescla de molho branco com brócolis, champignon, pimenta preta e outros. O restaurante chama-se La brasa. Recomendamos.


Pouco tempo depois, finalmente, montanhas com os cumes cobertos de neve, eram os tão esperados Andes. Tiramos fotos e filmamos este entusiasmado momento. No caminho para San Matin de los Andes, a estrada atravessa uma linda e indescritível paisagem. São regiões montanhosas com rios cristalinos que as margeiam. Após alguns quilômetros, finalmente chegamos a San Martín.




Na entrada, nos defrontamos com uma pequena estrada em aclive que suspeitamos que chegasse próximo à algum mirante ou parte alta da montanha. Seguindo a estrada sinuosa por aproximadamente 20km, nos deparamos com o monte El Chapelco, onde há uma estação de esqui de mesmo nome. Nos informamos e não havia condução até o cume (coberto de neve) já que a estação estava fechada por ser verão. Mesmo assim, a empolgação era tanta que conversamos com o administrador e ele nos deixou seguir a pés. Até o cume eram 1800m que demoraria, segundo ele, 1 hora e meia, dependendo do ritmo de caminhada. Seguimos os 3, por 500m, e o Rafa, não crendo que chegaríamos até a neve, desistiu e voltou para esperar no carro. O Mateus foi o segundo a desistir pois seu tornozelo já não agüentava (lembrando que ele sofreu acidente e ainda não está totalmente recuperado).

Eu subi até chegar à neve, ainda há uns 400m do cume. Chovia um pouco naquele momento, nada que estragasse a maravilhosa sensação de “vencer” a montanha. Chegando lá, exausto, ainda tive motivação para tirar algumas fotos e fazer uma filmagem. Vi várias lebres e algumas aves (galinhas) que não tenho idéia de como se chamam. Após alguns minutos de descanso, desci para encontrar os guris e dizer que consegui!



Saindo de lá, muito cansados, fomos ao hostel (já tínhamos o endereço no GPS). Tomamos banho e saímos para jantar. Erramos pela primeira vez. O restaurante, em baixa temporada, tinha uma única garçonete (que suspeitamos ser a dona) e a comida não fazia jus ao preço.

Nossa programação inicial para o outro dia era fazer rafting mas, conforme conversa com o atendente do hostel, era impossível pois havia chovido muito nos últimos dias. Decidimos então descansar naquela noite e amanhã visitar o comércio local e fazer a Rota dos Sete Lagos até Bariloche.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

24 de novembro de 2009

As 7h30min acordamos para a viagem. São 1005 km. Tomamos banho, desayuno e partimos para Neuquen. Fomos parados pela polícia à 60 km de Mar del Plata, fizeram algumas perguntas, verificaram os documentos e nos liberaram sem problemas. Pegamos muita chuva pelo caminho.

A estrada é pedagiada, muito boa e tranquila. Entre Quenquen e 3 Arroyos a via é uma reta de mais de 110 km. Ficamos com vontade de acelerar mas nos controlamos, pois o objetivo era chegar sem problemas ao destino.

Para não entrarmos em Bahia Blanca os dois GPS nos fizeram entrar em uma estrada abandonada e com muitos buracos, com aproximadamente 30Km. Tivemos que reduzir a velocidade e ficar ainda mais atentos com os buracos e a chuva. Se algum de vocês vier por essa rota, sugiro entrar em Bahia Blanca, seguindo a RN-3

As províncias de Buenos Aires e La Pampa são grandes produtoras agrícolas, na estrada passamos por vários caminhões graneleiros. Já na província de Rio Negro, a paisagem muda completamente. Se não fosse a chuva, diríamos que era praticamente uma caatinga, com arbustos rasteiros e amarelados, solo arenoso e nenhuma produção agropecuária. Por longos km não avistamos nada além de um gasoduto e de algumas taperas. A estrada permanece em boas condições, longas retas e asfalto em ótimas condições, mas em nenhum dessas centenas de quilômetros o asfalto tem acostamento, o que faz a gente aumentar a atenção.


Tivemos muita chuva durante o caminho. Não vimos o sol durante quase todo o trajeto e após 700 km de estrada tivemos em breves momentos a presença de raios de sol.



Quando faltavam cerca de 300 km o sol apareceu, ainda tímido num céu de muitas nuvens.

Chegamos em Neuquen de tardezinha. Logo que entramos na cidade, avistamos o rio Limay, que margeia a cidade.



Ali talvez tenha saído as melhores fotos até agora. Lindo lugar, e percebe-se que o governo municipal está investindo, porque há construções novas e muito bonitas na margem do rio.

Após as fotos, fomos ao albuergue. Com a ajuda do GPS, tudo fica fácil...

Fomos procurar então um restaurante para jantar, e encontramos uma pizzaria. Pedimos, entre outros sabores, a A La bacon com provolone e saímos satisfeitíssimos com a escolha. Um novo sabor que elegemos como a melhor que havíamos comido nos últimos tempos.


No restaurante, surgiu a figura de um garçon, chamado Pablo. Um garçom muito gente boa que já esteve no Brasil, se encantou, e nos contou varias histórias. No final da janta ainda nos presenteou com “esquecimento” de marcar nossa bebida. Disse ele que em nossa próxima viagem, avisássemos e poderíamos nos hospedar em sua casa.


Este albergue é bom, uma construção nova e limpa (bem diferente do de BsAs). Haviam alguns hospedes e outros “moradores” do albergue. Gente simpática e de boa conversa, procurando se entrosar e saber mais sobre a gente. Ficamos com uma ótima impressão do lugar.

Hoje pela manhã seguimos viagem, rumo a San Martin de los Andes, distante 400km daqui.

Abraços.


Estamos saindo de Neuquem... Fotos quando chegarmos a San martin de los Andes


23 de novembro de 2009



Nosso dia começa cedo. Tomamos café no hotel e fomos conhecer a parte comercial de Mar del Plata. No caminho aproveitamos e tiramos mais fotos da praia.

Passeamos por várias lojas, nem sempre sendo bem atendidos. Compras mesmo, fizemos poucas. Quando percebemos já era hora do almoço. Comemos no centro, queríamos uma “A la minuta” e foi o que pedimos, a diferença é que o prato servido foi um bife (muito fino) à milanesa com fritas e uma folha de alface.


Depois disso, fomos à uma concessionária Chevrolet comprar a lâmpada de freio que estava causando os problemas no carro. Peça trocada, tudo volta ao normal.

Resolvido o problema, fomos caminhar pelo centro. Percorremos o calçadão, encontramos um shopping e fomos ao mercado nos preparar para a viagem de amanhã. Várias lojas estavam fechadas pois há recesso nas segundas-feiras nas lojas que abrem domingo. Nosso plano inicial era realizar um vôo sobre a cidade à tarde, mas o mau tempo nos boicotou. O preço era atrativo: AR$ 85 por pessoa, aproximadamente 30min.

Mais tarde, saímos sem rumo pela cidade. Vimos uma placa indicando caminho para o “Aquarium” e fomos ver o que era. No caminho, avistamos um kartódromo e não resistimos: o tal aquarium ficou de lado e fomos correr.


Tudo combinado, macacão e capacete vestidos, todos em seus lugares e foi dada a largada. Não tinha volta classificatória pois éramos só nós 3 competindo.



No fim da primeira volta tivemos que parar para ajustes nos karts. Aproveitando a bobiada do Mateus e do Rafa, assumi a liderança e foi assim de ponta a ponta, enquanto os dois brigavam pelo segundo lugar.


O Mateus ganhou a batalha com o Rafa, mas não conseguiu me alcançar, mesmo fazendo a volta mais rápida de nós, 2 segundos a nossa frente. Conversando com o cara do kartódromo, ele nos questionou sobre a viagem e nos contou que esteve no Chile por 9 meses, nos dando dicas e incentivando a seguir viagem.

Saindo de lá, tomamos um mate na rambla, fomos ao MC Donald´s jantar e depois para o hotel, dormir cedo, porque amanhã a viagem será longa....

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Mar Del Plata

Saimos do hotel e fomos para La Rambla (calçadão) matear e ouvir uma música, mas o sono e o cansaço foram mais fortes. O Rafa e o Veiga deitaram nos bancos da frente do nosso carro-casa e eu me deitei no de trás, com as pernas para fora.







As pessoas que caminhavam pela Rambla não deixavam de olhar para o carro com adesivos e para seus habitantes exaustos. Comecei então a fotografar todos q diminuíam seus passos para bisbilhotar quem estava dentro.

As 13h voltamos para o hotel Postal del Sol, onde dormimos até umas 19h. Apesar de termos dormido bastante, ainda estávamos cansados e um pouco letárgicos. Perdemos uma linda tarde de sol.


Foi com essa sensação que fomos tirar uma fotos a beira mar. Mar del Plata nos encantou muito, é uma cidade grande e ao mesmo tempo tem clima e ares praianos. Tem uma arquitetura diversificada, com construções históricas e contemporâneas (casas de pedra e em estilo germânico). A orla é diferente do que estamos acostumados, com ondas quebrando em grandes rochedos. Existem muitos restaurantes e miradores entranhados entre as pedras.

Em pequenas áreas que não são rocha-mar há gramados em que se pode ver pessoas descansando, lendo e mateando a sombra das arvores. Nos entretemos até a noite e fomos jantar no centro. Comemos em um restaurante tenedor libre (Buffet livre), onde havia saladas, massas, parrillas e paellas, por um preço bem acessível.

Passamos pela frente do Cassino Central, segundo o que nos dizem, o maior da América Latina, onde estava acontecendo um show de “Águas Dançantes”. Tiramos umas fotos na frente do cassino e decidimos que voltaríamos ao hotel para colocar calças, pois o Rafa e o Veiga estavam de bermudas, e voltamos para o Cassino.

O Cassino Central é realmente muito grande, porém não tão luxuoso quanto os que estamos acostumados. Hehehehe. É um casino pouco charmoso, com pessoas feias. Nos chamou atenção pela quantidades de ciganos jogando. Principalmente ciganas gordas, bem gordas e muito parecidas. Havia bastante gente, mas pelas dimensões do lugar, tinham salas com mesas vazias. Perdemos poucos dólares, o que valeu diversão.

domingo, 22 de novembro de 2009

Trecho 2 – Antes do esperado




Buenos Aires é uma cidade que por seu tamanho e atrativos requer um grande período para ser conhecida. Com nosso roteiro incluía apenas uma noite, demos uma passeada por Puerto Madero e acabamos optando por jantar em La recoleta, no restaurante Portezuelo.



Portezuelo Um lugar estilo Pub, onde comemos bons Nachos e uma Pizza en La piedra bem apimentada.



O ambiente do albergue era legal, com muita gente diferentes, mas como não havíamos realizado reserva formal, não conseguimos quarto privativo. Durante a volta da janta aproveitamos para procurar hotéis, mas todos que encontramos tinha preços não muito atrativos.

Nossa idéia inicial seria passar a noite no albergue e no domingo pela manhã passear por BsAs. Mas, quando voltamos ao albergue, cansados de uma longa viagem, percebemos que o ambiente era hostil. Muitos habitantes por m², varias linhagens, com odores típicos e atípicos. Mateus e Marcos ficariam em um quarto coletivo com mais 6 desses elementos. E o Rafa ia ficar em um quarto com mais 3. Chegamos realmente cansados, mas isso não foi suficiente para aceitar essa situação. Eu tentei convencer o Marcos e o Mateus a seguir viagem, lembrei que Mar del Plata (nossa próxima parada) ficava a 410 km. Disse que estava disposto a ir e fui ao estacionamento, tentar resolver o dilema do carro, que não queria se apagar. Lembrei que a única coisa que eu fiz entre a última noite antes de sair e a partida, foi trocar a lâmpada da luz de freio. Retirei a luz de freio e o carro voltou a funcionar normalmente.



Quando estava acabando o “concerto” Marcos e Mateus aceitaram a proposta, e as 1:30h largamos para Mar del Plata. Consegui dirigir por uns 45 min, e como o sono começou a bater, passei a direção para o Marcos. Mateus ficou dormindo no banco de traz enquanto eu e o Veiga revezamos a cada 45 mim.






Quando faltava 100 km Mateus se acordou e nos 30 km finais Mateus assumiu a direção e as 6:10h chegamos a Mar del Plata. Isso pelo nosso relógio, no horário local 5:10. O albergue que havíamos marcado estava fechado e ficamos passeando pela orla e pela cidade durante umas 3h. Ao retornamos ao albergue fomos informados que eles receberam uma excursão e que estavam lotados. Restou a nós procurar um outro albergue. As 9h encontramos um hotel, a preço atrante. $40,00 pesos argentinos a diária por pessoa (Hotel Posta del Sol), mas só podemos ocupar as 13h. Agora são 10:00h e o que mais queremos e que chegue o horário e que podemos tomar um banho e dormir um pouco.

Estamos cansados, a noite postamos as imagens... hehe

sábado, 21 de novembro de 2009


Chegando na Argentina.











BsAs é pra lá...












E a cidade não para...
Obelisco ao fundo




















Tango Inn – Hostel

http://www.hostels.org.ar/Argentina/Buenos-Aires/Buenos-Aires/Hostel-Inn-Tango


















Agora são 21h